sexta-feira, 5 de março de 2010

Sem Imagem hoje - Post do trabalho

Ok, sexta-feira não deveria ser um dia pacato no trabalho, muito menos para estagiários...Infelizmente parace que a minha sexta-feira está fadada a ser o dia mais tedioso na empresa e também o dia das aulas mais pé-no-saco da faculdade.

Vou aproveitar, então, para ver se revivo esse blog, à força mesmo.

Li vários livros esse mês, aproveitando carnaval e afins. Me chamou a atenção "Um estudo em vermelho", de Sir Arthur Conan Doyle.

Vocês podem dizer (ou pensar) "Ah, e desde quando livro de Sherlock Holmes é livro de fundo de prateleira?"- concordo, principalmente por causa do filme que fez o detetive voltar à moda e tudo mais- mas segurem a onda! O livro é uma pequena (pequena mesmo, tem menos de 200 páginas) preciosidade. Coisa pra ler de uma vez, numa tarde em que você tiver umas horas livres. Prometo que não dói.

Fica a dica, e vale lembrar que as versões da L&PM (além de serem completamente confiáveis quanto à tradução e adaptação dos textos) são baratíssimas.

E por favor, se tiverem a chance, não vejam o filme sem ler o livro. Não é tãããão parecido assim ,mas tem muita coisa que passa a fazer sentido, e a personalidade do personagem do filme ficou, a meu ver, parecidíssima.

Por enquanto é só, juro que no próximo post tem desenho. Assim aqueles que têm preguiça - ou birra- de ler, podem me visitar e me seguir por causa das carinhas bonitinhas no topo dos textos (Ahá! Eis uma estratégia!)

Bjo, me liga!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

I am a cat


Sabemos todos o quão batidos estão os livros recheados de ironia que criticam os hábitos humanos, criados para combater o tédio e esconder sua natureza. Acontece que nós (eu, pelo menos) nunca paramos para pensar se eram batidos por serem narrados por nada mais do que os próprios seres humanos.

Uma mente inovadora, no entanto, pensou o seguinte: "E se fosse um gato, guloso e preguiçoso, a observar e narrar tudo?"- não seria grande coisa se fosse feito hoje...Mas estamos falando de uma obra da era Meiji japonesa -I AM A CAT, de Natsume Soseki, nos leva para dentro da casa de um professor preguiçoso e com um ego enorme. Toda a narrativa é guiada pelas patinhas do Gato - sem nome - que, convivendo com os humanos começa a se sentir afetado pelos costumes e pensamentos deles.

É divertido ver como o felino passa a ser conhecedor de assuntos como literatura inglesa e pensadores gregos, sem abrir mão de sua almofada ou dos assaltos à cozinha.

Tudo parece ficar mais óbvio quando visto pelo gatinho, dono de uma ironia invejável e uma fofura indiscutível. Juntamente com suas crises de identidade e suas afirmações de ser uma criatura divina, o gato que nunca pegou um rato faz observações filosóficas, sob a mão de Soseki, que as torna sutis e absurdamente pertinentes.

Leitura altamente recomendada. Vocês podem ter dificuldades em encontrá-lo (sugestões: encomendar na Livraria Cultura, via internet...O meu chegou em cerca de 3 semanas;
Pedir a versão em inglês - a tradução apra o português retira muito da sutileza e da poesia da língua japonesa.)